O Mar
A trágica voz rouca, enquanto o vento
passava como o voo de um pensamento ...
Olha meus olhos morena,
porque a aventura é ficar,
se a minha terra é pequena
eu quero morrer no mar.
E se o negro é a tua cor
respirando devagar,
depois do amor meu amor,
que quero morrer no mar.
Se a força é a tua virtude,
e tu a desejas usar,
diz com atitude,
eu quero morrer no mar !
Ao nascer do dia,
numa praia fluvial
com um sol intenso,
nós cobertos de sal,
ao pé da barragem,
nós tentamos tirá-lo,
é preciso coragem !
Ó mar cheio de esperança e majestade !?
Donde vem essa voz, ó mar amigo?
Talvez a voz do Portugal Antigo,
chamando por Camões numa saudade !
A nossa sociedade, a nossa mocidade,
o orgulho do país, o orgulho de uma cidade !
Moldei as chaves do mundo,
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
do sonho, esse, fui eu.
O meu sabor é diferente,
provo-me e saibo-me a sal,
não se nasce impunemente,
nas praias de Portugal !
Diogo Rebelo
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